Soneto piegas
Saudade amiga fica hoje comigo,
e senta, por favor, à minha mesa
estou tão só, nostálgica, indefesa,
por conta de um amor sincero e antigo;
carrego dentro em mim voraz tristeza,
que agora me acompanha, anda comigo,
quisera sepultá-lo e não consigo,
pois desse amor tornei-me eterna presa.
Perdi o meu recato, galhardia
mas quero a tua terna companhia,
a noite está escura e nunca passa.
Bebe comigo um copo de cerveja,
eu não me importo, não, que o mundo veja
que, por amor, pranteio sobre a taça.
Brasília, 24 de Abril de 2013.
Livro - Estilhaços, p. 37
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 24/04/2013
Alterado em 16/10/2020