Perdoa-me
Edir Pina de Barros
Se a mágoa que causei ainda te entristece,
e pulsa dentro em ti, no coração ferido,
que sangra sem cessar, porque demais sentido,
perdão, te rogo, então, por tudo o que acontece;
avida, igual tear, conflitos sempre tece,
e deixa o coração tristonho e aborrecido,
por isso estou aqui, por ordens de Cupido,
humilde, a fazer a mais silente prece;
voltei porque te quero e vivo para ti,
e se te melindrei, a mim também feri,
agora estou aqui em meio a tal sangria;
escuta, por favor, a voz do coração,
e não a que te vem dos campos da razão:
transmuta o meu penar em fonte de alegria.
Brasília, 15 de Abril de 2013.
Livro - ESTILHAÇOS, p. 40
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 15/04/2013
Alterado em 16/10/2020