Nostalgia
Os pássaros calaram – morre a tarde –
e tudo ganha tom de nostalgia,
de sonho, de ilusão, de fantasia,
o dia finda sem fazer alarde.
A noite cai e pia corujinha,
e mais distante canta um urutau,
um canto de tristeza – lá no pau -
que ecoa dentro da alma e ali se aninha.
Olhando a noite bela e estrelejada,
de argêntea lua cheia, iluminada,
percebo a própria essência da poesia.
Feito urutau, olhando para a lua,
eu sinto uma saudade, que é só tua,
que tanto me acalenta e me angustia.
Brasília, 09 de Abril de 2.013.
Livro: REALEJO, pg. 26
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 09/04/2013
Alterado em 25/07/2020
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