Amor, sagrado amor
Não lastimemos, nunca, o fim do amor
que um dia foi o sol de fulvos raios,
o encanto do arrebol, em seus desmaios
a refulgir nas pétalas da flor;
não deploremos, nunca, por favor,
os dias que se foram, tão hilários,
alegres, feito o canto dos canários,
repletos de beleza, de fulgor.
O fim de um grande amor é seu fadário,
por mais que se o preserve em relicário
e tudo que começa tem um fim.
Fundamental é ter, um dia, amado,
vivido o grande amor, que é dom sagrado,
colhido rubra rosa em seu jardim.
Brasília, 22 de Março de 2013.
Sonetos Diversos, pg. 99
Sonetos selecionados, pg. 36
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 22/03/2013
Alterado em 25/07/2020