Liberta
O amor que nos permite raro gozo
é feito de paixão, fervor, encanto
que aviva a nossa paz – doce acalanto -,
tornando o mundo inteiro mais formoso.
Amor sem peias, livre e generoso
que asperge candidez em cada canto,
supera a angústia, a dor, o amargo pranto,
e enflora à luz do sol, tão belo e airoso.
Sincero e terno, forte e delicado,
que nada teme, nada cala, evita,
afeito à louca audácia da aventura.
E busca, sem recato, o bem amado,
quando o desejo vem e o corpo grita,
sem perder nunca a íntima ternura.
Brasília, 19 de Dezembro de 2012.
Pura chama, pg. 83
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 19/12/2012
Alterado em 19/04/2014