Oh! Pátria Amada! (Versão II)
Oh! Pátria Amada! Minha Mãe gentil!
Tua memória traz, em si, tristeza,
pois muito já custou tua grandeza,
dos povos teus, morreram mais de mil.
Oh! Mãe gentil! Por que tanta avareza?
Contém o gesto bruto, a mão hostil,
e o genocídio, tão inglório, vil,
teus filhos querem atos de nobreza.
Garante, aos povos índios os direitos,
- que já se mostram poucos, tão estreitos –
em nome da justiça e da memória.
Contém a dura mão que a tudo esmaga,
que aviva, no teu seio, a enorme chaga
que mancha, para sempre, a tua história.
Brasília, 27 de Outubro de 2012.
CANTOS DE RESISTÊNCIA, pg. 32
Sonetos selecionados, pg. 99
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 27/10/2012
Alterado em 19/06/2020