Pura chama
Sentindo o corpo teu silente e arfante,
a tremular, por conta dos desejos,
tangendo a minha tez com mornos beijos,
olhando-me de um jeito suplicante,
imploro então: podes seguir adiante!
E, enfim, te livras de teus tolos pejos
e arrancas de meus lábios mil arpejos,
a dedilhar meu corpo, provocante.
E nesse doce enlevo perco o chão,
enquanto o corpo torna-se um vulcão,
por muito, muito mais, meu ser reclama.
Então te digo: quero muito mais!
Eu quero os teus instintos ancestrais,
despidos de razão: a pura chama.
Brasília, 6 de Setembro de 2012.
Pura chama, pág. 13
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 06/09/2012
Alterado em 25/03/2017
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