Lua encantada
Poeta, acorda e vem mirar a lua
no céu escuro, bela e cintilante,
usando véu de estrelas por turbante
e pó de prata com que se tatua.
Vem espreitá-la, ao menos por instante,
o alvor da luz no escuro se acentua,
está mais bela do que quando, nua,
desfila pelo céu, muito elegante.
Andeja sobre o manto estrelejado
- tapete tão macio e aveludado –
a bela ninfa envolta em rendas, véus.
Está demais garbosa - quanta graça! -
deixando argênteos fios onde passa,
e sonhos dentro d’alma dos incréus.
Brasília, 26 de Agosto de 2012.
ESTILHAÇOS, pg. 52
Sonetos selecionados, pg. 78
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 26/08/2012
Alterado em 17/08/2020
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