Textos


Águas fluentes
Edir Pina de Barros
 
Meu corpo é doce rio cristalino,
onde cardumes brincam sem receios,
e tanta vida pulsa nos seus veios,
no leito seu,  tão cálido e uterino.
 
Um rio que, em meu corpo feminino,
espraia-se nas curvas de meus seios,
fazendo-lhes carícias, sem refreios,
a murmurar, do amor, o terno hino.
 
São águas amazônicas, correntes,
que vencem travessões e vão, fluentes,
rolando dentro em mim, nos meus anversos.
 
Em minha boca explodem, com seus peixes,
à luz da argêntea lua em finos feixes,
buscando o Mar, nos mares de meus versos.

 
Brasília, 20 de Agosto de 2012.

 
Livros:
Pura chama, pg. 17
Poesia das Águas, pg. 111
Sonetos selecionados, pg. 53
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 20/08/2012
Alterado em 18/07/2020
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