Contraste
Silêncio! Escuta agora a voz do vento
tangendo as folhas secas das mangueiras
que rolam pelo chão, leves, ligeiras,
voando, pelos ares, ao relento.
Espreita o belo em tão fugaz momento
(e sente tal prazer, se acaso queiras),
do farfalhar das folhas pelas beiras,
que torna alegre o dia gris, cinzento.
É certo, o vento traz também fuligens
- do fogo a devorar os campos virgens –
que insiste, pelos ares, espalhar.
Apesar da tristeza desse Agosto,
quando tudo parece descomposto,
as folhas vão rolando, a gargalhar.
Brasília, 10 de agosto de 2012.
Sonetos Diversos, pg. 113
Sonetos selecionados, pg. 41
Silêncio! Escuta agora a voz do vento
tangendo as folhas secas das mangueiras
que rolam pelo chão, leves, ligeiras,
voando, pelos ares, ao relento.
Espreita o belo em tão fugaz momento
(e sente tal prazer, se acaso queiras),
do farfalhar das folhas pelas beiras,
que torna alegre o dia gris, cinzento.
É certo, o vento traz também fuligens
- do fogo a devorar os campos virgens –
que insiste, pelos ares, espalhar.
Apesar da tristeza desse Agosto,
quando tudo parece descomposto,
as folhas vão rolando, a gargalhar.
Brasília, 10 de agosto de 2012.
Sonetos Diversos, pg. 113
Sonetos selecionados, pg. 41
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 10/08/2012
Alterado em 25/07/2020
Alterado em 25/07/2020
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Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.
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