Adeus
Se tu voltasses, hoje, ao meu regaço,
seria muito bom e, por suposto,
eu não teria tanta dor, desgosto,
e nem traria as marcas do cansaço
que escavam tantos vincos, no meu rosto,
deixando-o rijo e frio, puro aço,
e não teria gris olhar tão baço
que deixa, o meu penar, ao mundo exposto.
Quisera estar agora no teu ninho,
brindando o nosso amor, com tinto vinho,
morrendo-me de amor, nos braços teus.
Mas te devora, a chama do ciúme,
que rouba, desse amor, o olor, o lume,
impondo-me partir, dizer-te adeus.
Brasília, 10 de Agosto de 2012.
Seivas d'alma, pág. 119
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 10/08/2012
Alterado em 17/08/2020