Vendeta
No cerne da alma todo povo traz
o atávico desejo de vingança,
se outro lhe arranca a última esperança
matando seus irmãos, roubando a paz;
e ocupa seu rincão e se compraz
em esmagar a força e temperança,
pisando nas sementes da bonança,
desrespeitosamente e tão audaz.
Genocídio! O ruir de tantos povos,
que agora se repete em outros, novos,
e se repetirá bem mais, e mais.
Vendeta! Atroz resposta à dor, ofensa,
em forma de vingança ou recompensa,
por danos tão profundos, ancestrais.
Brasília, 7 de Agosto de 2012.
Livro: Cantos de Resistência, pg. 23
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 07/08/2012
Alterado em 01/08/2020
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