Confissões (15)
Eu quero cavalgar na pele tua,
no solo desse campo verdejante,
sorver o doce cheiro, inebriante,
que sobre o corpo meu inteiro atua
de forma tão profunda e penetrante,
explode em minha tez, no sangue estua,
resplende em teu olhar de cheia lua
que, ardente, me ilumina a cada instante.
E galopar sem ter medidas, peias,
liberta dos pudores, velhas teias,
como comporta alguém que se aventura
a se perder, sem regras, sem critérios,
a esquadrinhar o chão desses impérios
de lúdico prazer, amor, ternura...
Edir Pina de Barros