Renascerão, no meu cerrado, as flores, saudando as fracas chuvas passageiras (após queimadas tantas, as primeiras) que, do chão seco, arrancam seus olores.
E se abrirão alegres, multicores, as pequeninas flores, altaneiras, no chão crestado e duro das clareiras fertilizado pelas próprias dores.
Aqui e ali irão nascer, por certo, (há séculos renascem das sementes) deixando a relva alegre, colorida.
E, feito oásis fértil no deserto, alegrarão os dias inclementes que passam, como passa a própria vida.
Brasília, 18 de Julho de 2012.
Livro: CICLOS, 56
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 18/07/2012
Alterado em 10/09/2020