Nosso amor
Marcos Loures
Falar em nosso caso, nosso amor,
Dizer que nós vivemos ilusões,
Furtamos da esperança toda a cor,
Nossa alma esmeraldina, corações...
Eu sei que tantas vezes me ocultaste
A dor que no teu peito se calava,
Por isso meu amor, tu foste a haste
Que toda nossa vida sustentava...
Eu sou um sonhador, tu sabes bem,
Andando sempre a esmo, bebo ruas....
Nos bares, nas esquinas, sem ninguém,
As minhas fantasias quase nuas...
Por isso te agradeço, nos meus versos.
Meus sonhos e meus mundos tão dispersos....
Nosso amor
Edir Pina de Barros
Falar de nosso amor, de nosso caso,
das ilusões, de sonhos, devaneios,
viver sem ter ciúmes, sem receios
do fim de tudo, do tristonho ocaso.
Eu falo dele, sim, e me comprazo
em tê-lo sustentado em bons esteios
fincados em meu corpo, entre os meus seios,
quais rosas, firmes belas, no seu vaso.
Ai! Pensa em mim, amor! Sonha comigo,
nos bares, nas esquinas desta vida,
porque te quero assim, sem medo, pejo.
E canta o nosso enlevo, amante amigo
e diz que sou, também, por ti perdida,
que apenas nos teus olhos eu me vejo.
Pura chama, pg. 68
Marcos Loures
Falando deste encanto que nos move
E deixa o sofrimento para trás
Enquanto a cada canto se refaz,
Domina e simplesmente já comove,
Não quero nem saber prova dos nove,
Vivendo por viver de um modo audaz
Sabendo quanto a vida em luz nos traz
E a cada novo instante se comprove.
Jamais imaginara esta existência
De um sentimento além da consciência
Que possa com furor ter o domínio
Embora tantas vezes nos maltrate
E é por si só prisão, luta e resgate,
Tomando cada dia em seu fascínio.
Cativa
Edir Pina de Barros
Cativa sou do teu amor, por certo,
porque me vens na flor da madrugada,
silente, sem cobrar de mim mais nada
além do meu querer, que é tão liberto.
Eu amo muito amar sem ser cobrada,
(embora seja bom sentir-te perto)
prefiro ser oásis no deserto,
o teu descanso, sempre a doce amada.
Saber que tu me amas me comove,
mas gosto de nutrir essa saudade
que aumenta o meu prazer quando te vejo.
A força desse amor é o que nos move
a conservar a plena liberdade,
que é fonte em nosso oásis de desejo.
Absinto e Mel pg. 48.
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 06/05/2012
Alterado em 06/08/2020
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