Oh! Vem rolar comigo nessa fresca relva,
roubar um beijo meu com jeito terno e afoite,
brincar, sem pejos, nessa fresca e longa noite,
sorvendo o doce olor que vem da densa selva;
banhar nas águas doces desse belo rio,
nas refrescantes noites, vem amar, sonhar,
a fúria dos desejos loucos, vem domar,
sacio a tua fome e sede, te inebrio;
a noite passa logo, tudo logo passa
até, dos teus verdores, o perfume e graça,
e estancará o sangue que na veia estua;
a noite está tão bela e cheia está a lua,
iluminando a minha pele morna e nua.
Oh! Vem, antes que a vida vire pó, fumaça!
Brasília, 14 de Agosto de 2010.