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Soneto ao vento

O vento varre e verga as verdes vagas,
vibrante vai valsando em mar revolto,
e vai e vem, brincando livre e solto,
cortante, mais cortante que as adagas.

As verdes vagas, varre e verga o vento
voraz, vociferando pelos ares
os medievos cantos, milenares,
de amor que, como o mar, tem seu tormento.

O vento vai e vem varrendo a vida
deixando atrás de si só dor, ferida,
quebrando as verdes ondas de esperanças.

Tu varres mar e vida enquanto danças...
E segues sempre adiante! E não te cansas!
Oh! Vento! A tua força é desmedida.



 
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 29/04/2012
Alterado em 05/09/2020
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