AUSENTE ESPERANÇA
VALMAR LOUMANN (Marcos Loures)
Aonde se mostrasse assim tão rude
Jamais eu poderia te querer,
O amor quando se envolve em desprazer
Sem ter quem mesmo tente ou até mude,
Gerando o sofrimento que, amiúde
Impedindo a alegria de viver
Tornando insuportável qualquer ser
Ausente da esperança que me ilude
Eu quero perceber a calmaria
Que mesmo numa insânia fantasia
Momentos mais fogosos e gentis,
Não quero tuas mãos incandescidas
Tampouco permitindo que me agridas
Diversa estupidez de atos viris.
Desencontro (1)
Edir Pina de Barros
Tu dizes que contigo fui tão rude,
do desprazer, a mais segura fonte,
sem gestos de carinho puro, insonte,
de amor vazia, sem qualquer virtude;
mas só eu sei de minha solitude,
das lágrimas rolando em minha fronte,
dos longos dias meus, de meu desmonte,
mas devo te dizer: fiz o que pude.
Não viste meus desejos? Meus encantos?
Os meus olhares tão enamorados?
Buscar-te, meu amor, foi sempre em vão.
Restaram-me nas mãos carinhos tantos,
e nos meus lábios beijos não te dados,
no meu semblante as marcas da paixão.
Brasília, 28 de Janeiro de 2012.
Seivas d'alma, página 62
Marcos Loures
Porquanto procurei tua presença
Por entre tantos sonhos mais sutis
E o quanto desejara e sempre quis
No fundo a vida fora tão intensa,
O velho coração que em nada pensa
Tentando adivinhar novo matiz
Vivenciando um tempo sempre gris
Agora se presume em noite imensa,
Vagando entre as diversas ironias
Que tanto quanto possas me trarias
E nisso consistisse dor e glória
Anseios entre quedas e mergulhos,
Ousando superar mil pedregulhos
Adivinhando então nossa vitória.
Gilberto Freitas
Não mais se perderia o que se quer
Vestindo entre os momentos mais diversos
Imaginando o quanto fora em versos
O sonho sem temor onde o puser,
A luta se desenha sem qualquer
Momento que pudesse em universos
Vagando sem temor rumos dispersos
Na busca insuperável da mulher
Que possa me trazer nova alegria
Enquanto no passado nada havia
Somente algum resquício roto e lasso,
O tempo se anuncia sem certeza
E tendo a fantasia sobre a mesa,
O meu futuro em ti, amada eu traço.
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 28/01/2012
Alterado em 16/08/2020
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