Vulcão
Meu corpo está queimando mais que lavas
que escorrem de um vulcão, incandescentes,
e invadem meus espaços, continentes,
do jeito que eu queria e tu sonhavas.
Eu rompo as minhas forças, minha travas,
e beijo as carnes tuas mornas, quentes,
deslizo em tua pele, quais serpentes
e, sem pudor, mandando tudo às favas.
E que me queime tuas mãos em brasa,
o teu carinho que me esquenta e abrasa
e torna o corpo meu feroz vulcão.
Não quero nem saber se o mundo existe,
se alguém a mim reprova, dedo em riste,
pois hoje não, não quero ser razão.
Brasília, 17 de Janeiro de 2012.
Pura chama, pg. 71
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 17/01/2012
Alterado em 05/06/2017
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