Textos


Poder das Palavras
Edir Pina de Barros


Palavras têm poder e brotam dentro d’alma,
são prenhes de emoção, são prenhes de magia,
remédios para a dor... Podem trazer a calma...
Traduzem nosso amor, transportam a poesia.

Palavras são cristais que cortam qual punhal,
podem erguer alguém, podem roubar-lhe o chão,
podem fazer o bem, podem fazer o mal,
podem ser mel ou fel... Ambivalentes são!

São chuvas de verão, refrescam terra dura,
são nossas filhas, sim, gestadas lá no imo,
escapam pelo olhar, machucam a rija tez.

Podem trazer a paz, podem conter candura,
podem calar o amor, jogar alguém no limo...
Palavras têm poder! E nós a sensatez.
 
 

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Resposta: Sérgio Márcio Carvalho
 
Palavras eu não vejo como arranjos
Traduzem sentimentos, a verdade
Vagueiam pelos céus, lembram-me arcanjos
mas, passam pelo inferno, da maldade

Se soltas pelo ar, tornam se crias
Ou trazem para perto o amor distante
Destroem ilusões, e as alegrias
Permeiam o amor, daquele instante

Nativa da paixão, de um sentimento
Num grito de pavor, pelo relento
Tão forte quanto a dor de uma partida

Mil vozes cantam juntas uma prece
Na fé do moribundo que padece
Na triste solidão, no fim da vida.
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 27/12/2011
Alterado em 24/03/2017
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Comentários
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Marco Aurelio Vieira
Belíssimos sonetos, tanto o seu, em alexandrinos clássicos, como o do Sérgio, em decassílabos heroicos. E o mais importante: fartos da mais pura poesia!!! Mas se me permite, essa ilustração fantástica roubou um pouco a cena... (risos) Tomara que "ele" consiga alcançar essa poesia fujona, tomá-la pelos braços, acarinhá-la e fazê-la feliz, devidamente amparados sobre a métrica... (mais risos) Que delícia, poetisa-flor, que delícia!!! Muito obrigado e aplausos para você e nosso talentoso Sérgio Márcio!
GERAILTON CAVALCANTE
As palavras tem o poder de matar e fazer viver... Palavras são como espadas que cortam até o mais profundo da alma... Parabéns... Oi dois sonetos se completam... PS perdoe-me uma observação para o segundo soneto: "ARACNJOS" não existe no plural... Na angelologia só há um Arcanjo (MIguel)... Desculpe-me o atrevimento, mas um soneto tão maravilhoso não pode se dar ao luxo de um erro por menor que seja... Edite e coloque no singular "Arranjo" e Arcanjo" e tá resolvido... Mais uma vez eu peço desculpas... Bom dia e um grande abraço...
DANIEL GUIMARAES
Palavras não são apenas palavras, são fortes como tapas ou eternas como marcas e se ditas com amor tornam-se abençoadas. Lindíssimo seu soneto Edir, te desejo um abençoado ano de 2012!