Nostalgia (1)
Retratos na parede, envelhecidos
- aos quais eu tento, em vão, ficar alheia -
arrancam, da memória, a densa teia
tecida em outros ledos tempos idos,
trazendo à tona os sonhos não vividos,
perdidos entre as sombras da candeia,
do amor, que na saudade hoje se esteia,
a fonte dos desejos incontidos.
Retratos na parede branca e fria,
por raios leves, poucos iluminados,
deixando cada vinco nu, exposto;
não guardam os encantos da poesia,
dos sonhos todos, mesmo os não sonhados:
são duros como o chão de pleno agosto.
Brasília, 6 de Dezembro de 2011.
Sonetos diversos, pg. 78
Retratos na parede, envelhecidos
- aos quais eu tento, em vão, ficar alheia -
arrancam, da memória, a densa teia
tecida em outros ledos tempos idos,
trazendo à tona os sonhos não vividos,
perdidos entre as sombras da candeia,
do amor, que na saudade hoje se esteia,
a fonte dos desejos incontidos.
Retratos na parede branca e fria,
por raios leves, poucos iluminados,
deixando cada vinco nu, exposto;
não guardam os encantos da poesia,
dos sonhos todos, mesmo os não sonhados:
são duros como o chão de pleno agosto.
Brasília, 6 de Dezembro de 2011.
Sonetos diversos, pg. 78
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 06/12/2011
Alterado em 21/08/2020
Alterado em 21/08/2020
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