É madrugada e tudo está silente, chuvisca fino e frio está lá fora, e dentro do meu peito tudo chora, eu sinto nostalgias, simplesmente;
senti-me tão sozinha e, de repente, fiquei do jeito que eu me sinto agora, lembrando o grande amor que foi embora, que mesmo ausente faz-se tão presente.
Nos véus da madrugada a chuva escorre - mesmo que o sol renasça, ela não morre - e a terra sorve as gotas de cetim.
Porque carrego a noite dentro a alma, saudade que ninguém e nada acalma, nunca amanhece. E chove dentro em mim.
Brasília, 16 de Outubro de 2011.
Seivas d'alma, pg. 29
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 16/10/2011
Alterado em 16/08/2020