Meu amor traduzido maciez,
Na mansidão serena de teu beijo,
Traz formas delicadas; é, talvez,
A mais sublime fonte do desejo...
Meu amor mais sincero, desta vez
A noite transformada onde te vejo,
Caminhando, seduz tanta altivez...
Amor, meu derradeiro amor, lampejo
De divinal delírio, simplesmente.
Crivado de estelares porcelanas,
Busco em ti, conhecer toda vertente,
De tantas quanto belas, pois insanas,
Maneiras de matar-me de repente,
Sorvendo todo néctar que me emanas...
Marcos Loures
Meu amor
O meu amor, qual fonte cristalinaque corre sobre a branca e fina areia,
em meio à verde relva da campina,
guarda os encantos d’uma lua cheia.
E tem a luz que encanta e que fascina,
que dança em tua tez e que a tateia,
como se fora etérea bailarina,
suave como a chama da candeia.
Ah! Esse amor que dentro em mim palpita,
pulsante feito as luzes estelares
é divinal, repleno de ternura.
Ah! Esse amor que dentro em mim habita,
qu’asperge paz e luz por esses ares,
é teu, ó meu amor! E em mim perdura
Edir Pina de Barros, Flor do Cerrado
Ao escutar a voz deste riacho
Por meio destas pedras, corredeiras,
Recordo quantas vezes tu me queiras
E nisto o farto amor em lumes acho
Bem mais que simplesmente um mero raio
Luzeiros trazem fontes deslumbrantes
De luas entre sóis e me agigantes,
E neste imaginar não mais me traio,
Quasares e pulsares, siderais,
Angélicos formatos da esperança
E quanto além do tempo o sonho avança
Encontro o que ora espere e muito mais,
Entra argênteos e auríferos cenários,
Os sonhos formidáveis, temerários...
Marcos Loures
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 29/09/2011
Alterado em 27/12/2012
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