Textos


Nostálgica
Edir Pina de Barros
 
Aqui, distante, vou levando a vida
e tu nem sabes quanto eu hei vagado,
chorosa por não ver-te mais ao lado,
distante assim de ti, tão esquecida.
 
E não te vejo como eu hei sonhado
e andejo só, de mim mesma perdida,
cultivo uma saudade renascida,
como essas flores simples do cerrado.
 
E o meu olhar se perde nesse lago,
nas trilhas do planalto, só, eu vago,
igual fantasma que se vai ao léu.
 
Oh! Meu amado! Dor, tristeza sinto,
caminho no meu próprio labirinto,
o olhar instável entre o lago e o céu.
 
Brasília, 14 de julho de 2011.
Estilhaços, pg. 93
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 14/07/2011
Alterado em 19/10/2020
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