Refém (II)
Viver a eternidade em um segundo,
com muita gana, força,intensidade,
na sua concretude e densidade,
de um jeito nunca visto neste mundo.
Sentir num só segundo a soledade
que habita no universo meu profundo,
por entre os turvos lodos, lá no fundo,
que viça dentro em mim, na escuridade.
E libertar-me! Ir além de mim,
para poder amar de novo alguém,
sem essas mágoas, toda essa tristura.
Seria muito bom se fora assim,
mas desta soledade sou refém,
e sigo assim, tão só, na noite escura.
Brasília, 15 de junho de 2011.
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 15/06/2011
Alterado em 26/01/2013
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