Sanha
Tu eras, nesta vida, a minha luz,
a rede acolhedora, doce colo,
irradiante sol, o meu Apolo,
razão de cada verso que compus.
Tu eras para mim meu outro polo,
meu templo, meu altar e minha cruz,
aquele a quem meus sonhos sempre expus,
a minha etérea brisa e morno solo.
Hoje tu passas longe, indiferente,
de mim estás distante, muito ausente,
como se eu fora mesmo mera estranha.
Mas tu bem sabes quanto fui presente,
e que me amaste desde a tua entranha,
razão de tua mágoa, tua sanha.
Brasília, 15 de Junho de 2011.
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 15/06/2011
Alterado em 27/01/2013