Pessoa, o poeta
Pessoa, poeta expoente,
cantou amor, vida e morte,
belezas de toda sorte,
navegações, Oriente,
bravio mar, inclemente,
das serras, a fermosura,
cantou também a ternura
do Mondego e suas águas,
sonhos, amores e mágoas,
com resplendor, com tristura.
As “Nações” e seus “mystérios”
cada qual o mundo a sós,
as conquistas e logo empós
seus efeitos deletérios,
cantou Ninfas, céus etéreos,
co’a força da alma sua,
e o lume que tem a lua,
a Grécia cantou também,
e cantou como ninguém
a solidão que era sua.
Livro - REALEJO, pg. 90
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 14/06/2011
Alterado em 06/05/2014