Rede de poesia
Bordados com os fios delicados
dos arrebóis das tardes langorosas,
daquelas que desmaiam preguiçosas
em meio a tantos raios purpurados;
fios de sonhos, sempre assim bordados,
e com perfume, que provém das rosas,
vamos tecendo tantos versos, glosas,
esses sonetos bem entrelaçados.
Cantar outonos, lindas primaveras,
o céu de agosto, gris, demais discreto,
a vida e a morte, sua travessia.
E versejar os sonhos, as quimeras,
entretecer os versos com afeto,
urdir, tecer a rede de poesia.
Livro: ESTILHAÇOS, pg. 15
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 13/06/2011
Alterado em 17/10/2020
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