Queixumes (2)
Dizer o que?! Se nem palavras tenho...
E te falar de minha dor, enfado,
de meu viver tristonho, ensimesmado,
do amor que nunca tive e não detenho;
mergulho em mim, nos ermos meus me embrenho,
e a solidão é meu eterno estado,
contenho na alma um grito amordaçado,
poetar o meu penar, silente venho.
Que vale a vida sem amor, sem luz,
alguma crença, sonhos, devaneios?
Apenas sombra, sem fulgor ou lume.
A vida, em si, se torna mera cruz,
um fardo, tão pesado, sem anseios,
um simulacro sem sabor, perfume.
Brasília, 17 de Outubro de 2010.
Seivas d'alma, pg. 30
Dizer o que?! Se nem palavras tenho...
E te falar de minha dor, enfado,
de meu viver tristonho, ensimesmado,
do amor que nunca tive e não detenho;
mergulho em mim, nos ermos meus me embrenho,
e a solidão é meu eterno estado,
contenho na alma um grito amordaçado,
poetar o meu penar, silente venho.
Que vale a vida sem amor, sem luz,
alguma crença, sonhos, devaneios?
Apenas sombra, sem fulgor ou lume.
A vida, em si, se torna mera cruz,
um fardo, tão pesado, sem anseios,
um simulacro sem sabor, perfume.
Brasília, 17 de Outubro de 2010.
Seivas d'alma, pg. 30
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 17/10/2010
Alterado em 16/08/2020
Alterado em 16/08/2020
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Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.
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