Textos


Quanta ironia!     

Vês? Sou agora pássaro que voa!
De teu sarcasmo torpe estou liberta,
não tenho mais aquela vida incerta,
e tal perfídia já não me magoa;
 
de ti, a minha vida está deserta,
e agora vivo bem, sorrindo à toa,
e dentro em mim teu nome não ecoa,
a tua voz mais nada em mim desperta.
 
Mas hoje vens aqui... Quanta ironia!
E choras teus sofreres e agonia,
e assim te humilhas. Dizes que me amas.
 
Não vês que nada sinto com teus dramas?
Que cinza não restou das velhas chamas?
Não tens pudor nenhum, nem galhardia.
 

Brasília, 14 de Setembro de 2010.
Seivas d'alma, pg.40
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 14/09/2010
Alterado em 16/08/2020
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.


Comentários