Repente do amor sem fim
Eu guardei-me para ti
Por horas, dias e luas,
Busquei-te por muitas ruas,
Tanta tristeza senti,
Mas nunca eu desisti!
Meu coração soluçava
De tanto que te amava,
Que minh’alma se inundou
E no meu pranto afogou,
Enquanto eu te esperava!
Passaram anos e anos,
Nunca mais te procurei,
Mas um dia te encontrei,
Em meio aos meus desenganos,
Noutros mares e oceanos...
Brotou de novo o encanto
De emoção caiu o pranto,
Fiquei virada do avesso,
Ao ver teu olhar travesso,
Que nestes versos eu canto!
E o amor viçou dentro em mim,
Como a orquídea lá na mata,
Que a sombra fria aclimata,
E a faz florir linda assim,
Vermelha cor de carmim...
E minh’alma já não chora
Porque feliz sou agora
Por dormir no teu regaço,
Que até repentes faço,
E a poesia em mim aflora!
Canta em mim o passaredo,
quando cai a bela aurora,
que meu ser todinho enflora,
como orquideas no arvoredo
quando a chuva cai mais cedo...
No caminho perfumado,
eu penso em ti, meu amado,
meu querido querubim
dono de meu amor sem fim,
meu eterno namorado!
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 02/09/2010
Alterado em 03/09/2010