Textos


Que terrível gravidez!
Estou prenhe de mesmice,
somente escrevo tolice,
texto ruim, estupidez!
Devia calar, talvez!
Mas a lira me cutuca
dentro em mim vem e cavuca,
desafia-me sem pejo,
aí me vem o desejo
de versejar outra vez!

E versejando prossigo
este espaço rasurando,
meus versos vou rabiscando,
por isso mesmo que digo:
paciência meu amigo!
O que é que posso fazer,
não consigo resolver
esta falácia, pobreza,
que causa em mim só tristeza,
poeta queria ser!

O que fazer eu não sei,
Pendurar minha chuteira?
Pois escrevo só besteira,
somente foras já dei,
Eu errei, errei e errei...
Não sei escandir, nem rimar,
E não sei também ritmar,
não entendo nada de métrica,
ser perfeita, ser simétrica,
como posso versejar?

Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 16/08/2010
Alterado em 16/08/2010
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.


Comentários