Oh! Vem rolar comigo nessa fresca relva,
roubar um beijo meu com jeito terno e afoite,
brincar, sem pejos, nessa fresca e longa noite,
sorvendo o doce olor que vem da densa selva;
banhar nas águas doces desse belo rio,
nas refrescantes noites, vem amar, sonhar,
a fúria dos desejos loucos, vem domar,
sacio a tua fome e sede, te inebrio;
a noite passa logo, tudo logo passa
até, dos teus verdores, o perfume e graça,
e estancará o sangue que na veia estua;
a noite está tão bela e cheia está a lua,
iluminando a minha pele morna e nua.
Oh! Vem, antes que a vida vire pó, fumaça!
Brasília, 14 de Agosto de 2010.
Livro: Poesia das Águas, pg. 115
Obrigada Luiz, por tão preciosa interação!Abraços, Edir
A ESMO
Hei de rolar contigo nesse imenso prado,
No frescor dessa noite fazer-te feliz,
Beijar-te intensamente, te fazer agrado,
Tocar-te com ternura; hás de pedir bis.
Nas águas vou banhar o teu corpo cansado,
Mais amor vou te dar, vais ficar por um triz,
Querendo mais e mais, me deixando aloucado,
A saciar-me inteiro entre os teus quadris.
A noite não espera, não percamos tempo,
Amemos com volúpia, como merecemos,
Nós somos um do outro desde agora mesmo.
A lua é testemunha desse amor a esmo,
Desses corpos ardentes que já não contemos,
Troquemos nossos méis e esqueça-te do tempo.