Lamúria
Enquanto vida busco, morre o sonho,
azuis quimeras, tolos devaneios,
e fica, no meu imo, só anseios
que escapam nesses versos que componho.
Enquanto sonho, um tempo mais risonho,
do amor, sentindo, os trêfegos enleios,
tu vives tão perdido em teus receios,
e o tempo passa, rápido e enfadonho.
Enquanto sonho, o tempo passa e passa,
e quando tudo vai perdendo a graça,
bendito amor, renasce dentro em mim.
Pois é! Mas como não sonhar na vida?
Melhor sentir, amar, ficar ferida,
do que viver em torres de marfim.
Brasília, 10 de Julho de 2010.
Seivas d'alma, pág. 70
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 10/07/2010
Alterado em 16/08/2020