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O teu amor que desejo
 
O teu amor que desejo
e que me vira do avesso,
(que tanto canto e versejo),
é feiticeiro e travesso;

dono de encanto sem par,
de longe me espia mudo,
mas é estranho, contudo,
esse teu jeito de amar.
 
Ficas de longe a espiar,
todo cheio de segredos,
de silêncios, mil enredos.
 
Inútil meu desejar,
tu me escapas pelos dedos,
silente feito os rochedos.


Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 07/10/2009
Alterado em 05/01/2013
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