Minha vida
A minha vida, mera nau perdida,
vagando em alto mar sem rumo certo
em busca de um amor, também incerto,
não tem um porto que lhe dê guarida;
vagando ao léu, errante, desmedida,
sozinha, como oásis no deserto,
buscando vai, em pleno mar aberto,
a tua face, sempre tão querida;
errante nau que singra o mar bravio
sem ver ao longe terra firme, ilha,
sem ter sinal de ti, sozinha vai;
minh'alma peregrina, em desvario,
tristonha vaga e sem destino trilha,
na aurora que, sangrenta, já se esvai.
Cuiabá, 17 de setembro de 2009.
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 17/09/2009
Alterado em 05/01/2013