Lágrimas Secretas
O pranto que chorei ninguém o viu,
imenso, que minh'alma se afogou,
o tanto que chorei ninguém chorou,
e tudo que senti ninguém sentiu;
contido, não jorrou dos olhos meus,
veloz, correu nos rios meus, secretos,
formando poços, lagos bem repletos,
saudoso desses olhos que são teus.
Ninguém ouviu o pranto que eu chorei,
nem mesmo quem dizia ser amigo,
no entanto, só, chorei, nem tu me vias.
O pranto que eu chorei somente eu sei,
soluços que eu não dei estão comigo,
sacodem minhas noites tão vazias.
Cuiabá, 5 de Setembro de 2009.
Seivas d'ala, pg. 19
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 05/09/2009
Alterado em 15/08/2020