As mãos da pianista
As mãos da pianista (asas ágeis
do beija-flor voejando contra o vento)
arrancam, do piano, dor, lamento,
as belas mãos, minutos antes, frágeis;
e os dedos sobre as teclas, dez punhais,
produzem sons pungentes, tão cortantes,
nem lembram mais aquelas mãos que antes
tremiam pelas coisas mais banais;
e firmes, fortes, tiram sons tão lindos,
correndo pelas teclas, bem faceiras,
e só beleza e encanto, enfim, evocam.
São tantos toques rápidos, infindos,
e leves, porém firmes, tão ligeiras,
que nem se pode vê-las quando tocam.
Cuiabá, 16 de Agosto de 2009.
Sonetos diversos, pg. 77
As mãos da pianista (asas ágeis
do beija-flor voejando contra o vento)
arrancam, do piano, dor, lamento,
as belas mãos, minutos antes, frágeis;
e os dedos sobre as teclas, dez punhais,
produzem sons pungentes, tão cortantes,
nem lembram mais aquelas mãos que antes
tremiam pelas coisas mais banais;
e firmes, fortes, tiram sons tão lindos,
correndo pelas teclas, bem faceiras,
e só beleza e encanto, enfim, evocam.
São tantos toques rápidos, infindos,
e leves, porém firmes, tão ligeiras,
que nem se pode vê-las quando tocam.
Cuiabá, 16 de Agosto de 2009.
Sonetos diversos, pg. 77
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 16/08/2009
Alterado em 21/08/2020
Alterado em 21/08/2020
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