Saudades
Neste momento cálido e sereno,
que o sol se vai, beijando a mata, a terra,
e tudo está tão belo, muito ameno,
aldeia, rio, roça, pé de serra,
recordo-me de ti, saudosa, filho,
a mergulhar nas águas transparentes,
a palmilhar caminhos que ainda trilho,
colhendo, das saudades, as sementes.
Eu sinto, do passado, o doce cheiro
do teu corpinho nu, porém pintado
com jenipapo e tinta de urucum.
Com indiozinhos ias bem ligeiro,
correndo pelos campos do cerrado,
com alegria única, incomum...
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 08/08/2009
Alterado em 10/07/2020