As regras do soneto
Sem métrica, sem forma e bem sem rima,
Os versos que eu componho, displicente.
Bem sei que nem parece sua prima...
Disfarce de soneto, simplesmente!
Soneto? Nem sonhando se aproxima!
Sem rima vou escrevendo bem contente,
Contar para escandir, com tudo em cima,
É dom que não carrego em minha mente!
As regras do soneto me atormentam
Rimar é impossível para mim
Escrevo como os versos se apresentam...
Não posso nem falar do amor assim!
As regras do soneto me acorrentam,
Engessam meus encantos, tudo enfim!
Obrigada, Recantista Silva Filho, por teu soneto abaixo:
Medir o teu soneto - nem pensar
A métrica que se dane na clausura
O pejo se perdeu em alto mar
E as brumas disfarçaram a loucura.
Garanto que aqui há bom soneto
E a rima dá um show de perfeição
Um eco nos palácios e nos guetos
Confirmam o que diz esta moção.
As regras já regaram teu jardim
As flores bem rimaram com perfume
Portanto eu te digo: Vai por mim.
Soneto que no belo se resume
No voto que venceu dizendo SIM
Mostrando a grandeza do seu lume.
Enviado por Silva Filho em 14/05/2009 16:23