Fim de caso (4)
Edir Pina de Barros
Desse amor loucamente desejado
nada resta, nem mesmo uma saudade,
neste peito ferido, machucado,
eu desejo encontrar tranquilidade;
tal sentir, simplesmente complicado,
sem suporte pra dar felicidade
foi, enfim, esquecido ou renegado,
para, enfim, se tornar banalidade.
Foram tantos momentos infelizes
sem desejos, vividos, simplesmente,
foram tantas mentiras e deslizes.
Desse amor, fugidio e reticente,
não restou os sinais ou cicatrizes,
nem um verso sarcástico, insolente.
Cuiabá, 12 de Abril de 2009.
Estilhaços, pg. 64
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 12/04/2009
Alterado em 17/10/2020