Textos


Soneto I
 
Singela flor, no chão bem calcinado,
Desponta linda, única no espaço
Bem amarela, assim nesse cerrado
Todo crestado! Cinzas e mormaço!
 
Ao derredor, no céu avermelhado,
As aves gritam! Tanto estardalhaço!
E nesse inferno, todo esfumaçado,
Recebe a flor impiedoso abraço!
 
Como essa flor, o amor padece igual,
Fenece assim, nos braços da violência
Que como o fogo, mata sem clemência!
 
Da mesma forma única, afinal
Findam a flor e o amor! Coisa banal!
E com a flor, ó, mata-se a inocência!
 
Todos os meus textos são encaminhados para registro de autoria na Biblioteca Nacional

Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 27/03/2009
Alterado em 18/09/2009
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