Textos


 
Carta de amor (7)
 
Pura saudade eu lavro nesta carta,
aqui, distante e só, a te esperar,
confesso estar exausta, muito farta
de tua ausência, desta dor sem par;
 
não tenho mais sossego, nem lugar,
e tudo nos separa e nos aparta,
eu vivo em um casulo - uma lagarta 
na escuridão sem fim, sem luz, sem ar.

Sem ti eu vivo assim, na escuridão,
a padecer tamanha solidão,
sem ver a luz do sol ou do luar.

Vem, meu amor, estanca essa sangria,
que a noite está escura, está tão fria,
e eu quero, nos teus céus, poder voar.


Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 16/03/2009
Alterado em 19/12/2016
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