POEMA DA SAUDADE!
Saudade embora habite em mim
E faça de minha vida uma saga
Nunca me revelastes o teu fim
E de ti eu não sei quase nada...
Tu habitas o âmago do meu ser
És a essência dos amores vívidos
És poesia que perfuma meu viver
És a presença dos tempos idos!
Pare! Por favor, eu te imploro
Olhe-me nos olhos, de frente!
Tu me causas tristeza, choro!
Peço que a mim se apresente!
Sinto que és muito ambivalente
Uma mistura de tristeza e amor
Tu és a nostalgia mais eloqüente
Refinada síntese de amor e dor!
Sei que és da vida a alquimista
Que no tempo tal síntese depura
Não te revelas, ainda que insista
Ver-te seria uma enorme ventura!
Sábiamente não te revelas a mim
mantendo teu mistério, teu encanto,
Para que a poesia não tenha fim!
Para que não morra o meu canto!
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 04/01/2009
Alterado em 05/01/2009