RECUSO-ME
Sim! Não vou aparar a tua lágrima
Estancar tua pérfida e vã sangria
É impossível crer em tua lástima
Se não fostes meu sequer um dia!
Recuso-me a ouvir tuas desculpas
Que escorrem em nosso leito vazio
Deixo-te assim sem nenhuma culpa
Sem compaixão teu espaço esvazio!
Recuso-me a fingir que tu foste meu
Que existiu entre nós um grande amor
O que nutria por ti há muito feneceu
Em meio ao desafeto, silêncio e dor!
Silêncio! Recuso-me definitivamente
Não há caminho de volta a ser feito
Se um dia te amei incondicionalmente
Hoje, te asseguro, tudo está desfeito!
Segue teu destino, seguirei o meu
Derrame em outro corpo teu carinho!
Para mim um novo dia amanheceu
Enterre tuas lágrimas na taça de vinho!
Oficina de Criações Coletivas - Poesia on-line
03.01.2009
12:04
Mote:Kate Weiss
POEMA SOBRE A RECUSA
"Como é possível perder-te
sem nunca te ter achado
nem na polpa dos meus dedos
se ter formado o afago ..."
Maria Tereza Horta
Tela: Jacek Yerka
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 03/01/2009
Alterado em 05/01/2009