Amigo
Edir Pina de Barros
Lembrei-me ontem, com demais carinho,
de teu semblante e jeito de falar,
de teu abraço, terno e morno ninho,
de teu olhar, profundo e verde mar;
eu era ao lado teu um passarinho,
feliz e livre, lépido a voar,
sem medo de tufões, de torvelinho,
fazendo acrobacias sobre o mar.
Amigo! Irmão! Amado companheiro,
quisera o teu abraço derradeiro,
mas foste embora, sem dizer-me adeus.
Sem teu amor, que era o meu suporte,
- senti, como ninguém, a tua morte -
tornou-se um breu os céus dos dias meus.
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Mote de Ronaldo Rhusso
18 de dezembro de 2008