SAUDADES (IV)- Para Helena C. de Araújo
Chove lá fora nesta fria madrugada!
Cá dentro tudo está muito silente!
A saudade faminta e impiedosa me devora!
Saudades profundas dos tempos idos
Finitos dias de aconchego e de ternura!
Tantas saudades meu amor eu sinto
que te encontro na tua ausência tão presente
E te sinto quais agulhas finas tatuando
Toda a superfície de minha pele!
Lembro com carinho teu semblante...
Teus lábios grossos, provocantes...
Tua tez perfumada, teu posseiro abraço...
Pudera eu matar sem dó meus sentimentos
E enterrá-los no chão fértil
No morno chão do esquecimento.
* Uma bricolagem de meus próprios poemas, reunindo aqui as minhas expressões poéticas que Helena aplaudiu.
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 16/12/2008
Alterado em 07/01/2009