Pássaro abatido
Não, não diga nada neste instante em que sou sua!
Silêncio! Perceba a plenitude de meus sentimentos
O perfume quente e cálido que exala de meu corpo,
O calor de meus desejos profundos, minha paixão...
Faça silêncio, amor de minha vida, só mais um pouco
Se abandone nesta revoada prenhe de prazer.
Deixe-me sentir a eternidade deste momento
Seu corpo trêmulo, seu cheiro de mato...
Deixe-me sentir seu corpo serenando aos poucos
Contemplar-lhe mais um instante...pássaro abatido
indefeso, entregue, sem pudor, aos desejos consentidos
Deixe-me ser sua afinal, no meu silêncio...
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 30/10/2008
Alterado em 07/01/2009